Juízo do Plebeu
Tenho medo de perder a maldita
Nos teus olhos de estátua de pedra
Que na noite escura vive e medra
Na deserta flor do abrigo me fita.
Tenho pena da carente menina
Tronco de mulher e mente de fera
És a lúgubre flor negra da megera
Para a tirana da agonia cretina.
Sim eras o tesouro oculto meu
Nas priscas horas da dor de plebeu
Numa côrte secreta dos homicidas.
Não me digas do desejo deste ateu
Que decora o livro sagrado na lida
Dos tempos distantes na tez sofrida.
HERR DOKTOR