O NADA
O NADA
(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=01/Agosto/2016)
Eu sou o sujeito oculto
Daquela oração de amor
Onde expressei minha dor
Sem que visses nem meu vulto.
Eu sou o anonimato
Daquela oração “te amo”,
Sou as lágrimas do reclamo
Que fiz de modo sensato.
Eu sou a falsa modéstia
Daquela vida arraigada
De um amor que não vivi.
Eu sou apenas a réstia,
Sou certamente o nada,
Eu não existo, morri.
(3o. pág. 43)
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