Eu?

Sou muito pouco, sou quase nada

um nada mesmo do que se chama gente

estou abaixo do trilho, sou o dormente,

sou o atoleiro se comparado a estrada.

Eu sou o rosto depois da bofetada

sou o cabelo que nunca viu pente

eu sou aquela piada indecente

eu sou o seresteiro sem madrugada..

José Roberto de C. Palácio, eu,

que desde menino a poeta se meteu,

e, se erra num, n'outro soneto acerta

A inspiração é quem sempre me salva,

pois ela, juntamente com min'alma,

ditam os versos e dizem: É dele, Poeta.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 31/07/2016
Reeditado em 12/03/2020
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