Não ando só
Edir Pina de Barros
Eu penso que ninguém me vê ou nota,
que eu chego sem ter ido a parte alguma,
e em pleno sol a vida, em mim, se abruma,
que não encontro, não, um rumo, rota.
E que a presença, em mim mesma, se esgota,
até as palavras fogem, uma a uma,
a própria ausência aos poucos se avoluma,
na multidão, me sinto mera ilhota.
Porém não ando só – eu vou comigo -
e, a versejar a vida, assim prossigo,
atenta aos seus encantos, tão diversos.
Sem eles, nem viver, eu ousaria,
andejo sobre os rastos da poesia
a rabiscar sonetos, prosas, versos.
Brasília, 29 de Julho de 2016.
Publicado no facebook no dia 29 de julho de 2016.
Livro: Lira Insana, pág. 17- 2016
Edir Pina de Barros
Eu penso que ninguém me vê ou nota,
que eu chego sem ter ido a parte alguma,
e em pleno sol a vida, em mim, se abruma,
que não encontro, não, um rumo, rota.
E que a presença, em mim mesma, se esgota,
até as palavras fogem, uma a uma,
a própria ausência aos poucos se avoluma,
na multidão, me sinto mera ilhota.
Porém não ando só – eu vou comigo -
e, a versejar a vida, assim prossigo,
atenta aos seus encantos, tão diversos.
Sem eles, nem viver, eu ousaria,
andejo sobre os rastos da poesia
a rabiscar sonetos, prosas, versos.
Brasília, 29 de Julho de 2016.
Publicado no facebook no dia 29 de julho de 2016.
Livro: Lira Insana, pág. 17- 2016