A DESPEDIDA

Corpo aflito pela dor

Que o encharca e esmaga,

Que o despoja de calor,

Sob o chover, sob as águas.

O infeliz vate que morre,

Foi cravejado por sonho

E foi sangrado por porre

Num viver pobre e tristonho...

No seu passado e presente...

Este presente, que sente

Não amar para viver.

Rumando para o futuro,

Vê–se um ‘adeus’ ledo e puro

– Diz que vai sobreviver!

Salvador, 2006.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 30/07/2016
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