Névoa à vista...

Duras asas repartidas sem rumo...

Caravelas idas, nunca intempéries

Na zona franca da tumba em série

Contudo, régua ao passo do prumo

Não fujas da própria sombra...

Ó cavalheiro! já por esse chão

Metamorfoses, o gado e o cão

Mil grilos, todos os assombros

Madalena sofrida. Eva de chita

Éden de pedregulhos e de lírio

Nesse ponto, dons de D. Chica

Raso cântaro cheio de absinto

Na universalidade dos delírios

Ó hominis-cego, jamais minto!

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 30/07/2016
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