Triste; menina de rua
Bem triste tornou-se aquela menina,
A sua sina em amarela folha,
É sem escolha seu virar de esquina,
Franzina e tão frágil como uma bolha.
Fizeram-na órfã, indigente de amigos,
Tão sem abrigo, carente de encanto,
Num canto em prantos, seria castigo?
O perigo era tanto, trazia espanto.
Com o coração e sapato na mão,
Sem emoções, tão bela e destelhada,
Fechada janela e porta trancada.
Deixada na rua ainda tão pequena,
Que pena, a lua velava a distância,
Numa ânsia de ser tão sem importância.
Uberlândia MG
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