Triste; menina de rua

Bem triste tornou-se aquela menina,

A sua sina em amarela folha,

É sem escolha seu virar de esquina,

Franzina e tão frágil como uma bolha.

Fizeram-na órfã, indigente de amigos,

Tão sem abrigo, carente de encanto,

Num canto em prantos, seria castigo?

O perigo era tanto, trazia espanto.

Com o coração e sapato na mão,

Sem emoções, tão bela e destelhada,

Fechada janela e porta trancada.

Deixada na rua ainda tão pequena,

Que pena, a lua velava a distância,

Numa ânsia de ser tão sem importância.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 29/07/2016
Código do texto: T5713354
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