Soneto aos versos
Como hei de esquecer as suas palavras ?
As que via no céu negro co' o brilhar
De diamantes na noite feito lavras,
Garimpando os vocábulos do amar
Nunca há de me esquecer naquelas rimas
Onde continha aquele eterno amor,
Iluminando a lua no céu co' as lágrimas,
Encantada co' a voz do trovador
Nunca há de fenecer o que há de ser,
Por ser o que é - e o que há no firmamento,
Onde a poesia estrela o amanhecer
Da magia que um dia marcou nossa prosa,
A formosa elisão nos sentimentos,
Nos versos do perfume da sua rosa