ilusão de menina

Vê, a menina, por trás da cortina

Por entre a névoa fria e acinzentada

Só figuras difusas na calçada,

Virando a esquina ou subindo a colina.

É o doce tempo dos sonhos frugais

Que povoam a mente da pequenina

Vendo fantasmas por entre a neblina

No vão da cortina, atrás dos vitrais.

E a menina crescerá... Na jornada

Da vida e entenderá esses sinais...

Que a vida também não é cristalina.

Sonhos virão na vidraça embaçada

Caberá a ela, entre outros que tais:

Abrir ou fechar a sua cortina.

OSWALDO DE SOUZA
Enviado por OSWALDO DE SOUZA em 28/07/2016
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