ilusão de menina
Vê, a menina, por trás da cortina
Por entre a névoa fria e acinzentada
Só figuras difusas na calçada,
Virando a esquina ou subindo a colina.
É o doce tempo dos sonhos frugais
Que povoam a mente da pequenina
Vendo fantasmas por entre a neblina
No vão da cortina, atrás dos vitrais.
E a menina crescerá... Na jornada
Da vida e entenderá esses sinais...
Que a vida também não é cristalina.
Sonhos virão na vidraça embaçada
Caberá a ela, entre outros que tais:
Abrir ou fechar a sua cortina.