Cultivo de emoções
Só se colhe o que se planta, é evidente,
Semente no pó, que a molhe e tempere,
Espere que enfolhe, arte surpreendente,
E tente porque é encarte que lhe esmere.
Supere o súbito; sol, chuvas fortes,
E recorte com luvas, secos galhos,
Atalhos de saúvas, becos e nortes,
Suporte; cedo terão outros orvalhos.
O vento de expectativa interfere,
Não se apodere, atrativa no plantio,
Em brio, amada e sem nenhum amarrio.
Cultiva-se emoção a verdade a gere,
Fere a provocação, causa-se dor,
Amor é assim, confere-se com a flor.
Uberlândia MG
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