Cultivo de emoções

Só se colhe o que se planta, é evidente,

Semente no pó, que a molhe e tempere,

Espere que enfolhe, arte surpreendente,

E tente porque é encarte que lhe esmere.

Supere o súbito; sol, chuvas fortes,

E recorte com luvas, secos galhos,

Atalhos de saúvas, becos e nortes,

Suporte; cedo terão outros orvalhos.

O vento de expectativa interfere,

Não se apodere, atrativa no plantio,

Em brio, amada e sem nenhum amarrio.

Cultiva-se emoção a verdade a gere,

Fere a provocação, causa-se dor,

Amor é assim, confere-se com a flor.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 27/07/2016
Código do texto: T5711181
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