O ÚLTIMO DRAMA
“A alegoria da Crise”
Na lusa Crise que tem sido badalada
P´ los quatro cantos deste Velho Continente
Está passando em palco a nova encenação
De alegoria estranha há muito iniciada,
Representando – num país de frágil gente –
A falsa realidade tornada assombração…
O que se sente, o que se pensa, o que se diz
A cada hora, a cada dia, a cada mês,
Na previsível lógica de último drama,
Dá sempre a sensação de que não há país
Mas apenas espectros que de quando-em-vez
Lembram figuras duma saga Brandoniana.
Nesta passerelle estão as fictícias “sanções”
Que na política fervilharam, feitas lesmas,
Servindo apenas para a Europa de capacho…
Não e não, Portugal não precisa de razões,
Nem de míseros profetas, nem de avantesmas,
E a sua Identidade merece outro despacho.
Fora, p´ la derradeira vez, co´este Avejão
Que bem merecemos a dignidade de Nação!
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA