A PAZ PEDE PASSAGEM
Hoje perplexa, a paz pede passagem!
Abundante, a violência lhe atropela.
Com tinta sangue, que pinta aquarela,
Á grosso modo, não mostra boa imagem.
Muito menos, que tenha uma tutela,
Servindo como aval para a selvagem
De contundente e explicita abordagem,
Adornando pesada a sua lapela!
Mas, comedida e mansa, vem a paz,
Vestindo roupa branca, solta e leve,
Fazendo simplesmente o que se deve:
Vai abrindo alamedas de harmonia,
Onde passa feliz a cortesia,
Dizendo: - o homem tem jeito e é capaz!
Zé Salvador.