AUTOMÓVEL...

Um carro conversível. Livre ao sol ao vento

Eu quero ser visível dentro do meu carro

Eu quero andar sem medo onde ando e paro

E num sinal vermelho ser um verde alento...

Eu quero um instrumento a deslocar-me atento

Ser solidário a uma carona, um amparo

Eu quero olhar nos olhos do pedestre raro

E não temer no meu irmão seu sentimento...

Mas hoje, eu ando por detrás de um "Fumê"

Eu vou medrando o meu medo por você

Blindando ao seu, meu coração e o automóvel...

Ah! E como eu queria ser feliz sem medo

Prossigo hermético buscando algum segredo

Um sentimento eu sou em movimento imóvel...

Autor: André Luiz Pinheiro

09/07/2016

SEMPRE GENTIL A POETA ROBERTA LESSAA... Obrigado poeta!

De qual dimensão veio seu imaginar?

Aqui à meditar: De qual ilusão pôs seu à derivar?

Aqui à matutar: De qual emoção decidiu seu lançar?

Aqui à reverberar: De qual condição foi seu atirar?

Aqui à perguntar: De qual floração foi seu inspirar?

Aqui à observar: De qual meditação ousou seu condicionar?

Aqui à silenciar: De qual intuição mirou seu poetar?

André... Encantou-me muito esse seu poema, ele adentra, convida, inspira, dialoga e faz-nos crer inseridos em seu conteúdo. Um abraço querido poeta de alma luminosa.

Meu muito obrigado ao grande poeta Aleixenko!

O automóvel está ficando insubstituível

Mas existem vários transportes alternativos

Locomover só de carro é inexequível

E andar a pé torna-se muito cansativo

Veja que sou usuário do ônibus coletivo

Nos meus horários estão superlotados

Os empurrões levo no espírito esportivo

Diabo! No final desço todo amarrotado

Porém sempre chego ao meu destino

Depois de muitas brigas e xingamentos

Consequentemente resolvo meus pepinos

Mesmo todos vivendo um engarrafamento...