Faceira

Desperta, ainda assim ela é sensual,

É fatal; liberta suas pernas nuas,

Crua de vestes, externa e carnal,

Tão normal, hiberna em suas luas.

Sem receio mexe; total preguiça,

Atiça, remexe; a mostra seus seios,

E num enleio a sua tez se eriça,

Enfeitiça outra vez em devaneios.

Vira para o lado e vira de costas,

Exposta, olho fechado; sonolenta,

Isenta de tudo, a cama ornamenta.

E lentamente abandona o edredom,

Ela tem dom, em desalinho e cheiro,

Faceira caminha para o chuveiro.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 25/07/2016
Código do texto: T5708994
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