Faceira
Desperta, ainda assim ela é sensual,
É fatal; liberta suas pernas nuas,
Crua de vestes, externa e carnal,
Tão normal, hiberna em suas luas.
Sem receio mexe; total preguiça,
Atiça, remexe; a mostra seus seios,
E num enleio a sua tez se eriça,
Enfeitiça outra vez em devaneios.
Vira para o lado e vira de costas,
Exposta, olho fechado; sonolenta,
Isenta de tudo, a cama ornamenta.
E lentamente abandona o edredom,
Ela tem dom, em desalinho e cheiro,
Faceira caminha para o chuveiro.
Uberlândia MG
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