NAU DE MIM

O barco que partira da Marina

Singrando as águas, levou-me a bordo;

E, refletindo min'alma, transbordo,

Naquele céu espelhado azul-piscina.

Melancólico vi, pela retina,

A minha vida passar à estibordo;

Ninguém deveria mesmo estar de acordo

Com aquilo que nunca se termina.

Ao longe, tudo parece parvoíce;

Porém, o que importa na velhice,

Senão os anos que restam pra sonhar?.

O sol que se punha dourava a praia,

Dizendo ao mar que eu não me retraia..

E foi embora pra não me ver chorar.

Misael Nobrega
Enviado por Misael Nobrega em 25/07/2016
Reeditado em 29/01/2024
Código do texto: T5708308
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