O MISERÁVEL BRASILEIRO
Por ser fraco e tão pobre,
Ar radical o cobre.
Sempre explode em revolta
E essa vida não o solta.
Sem estima sadia
Ou que, por tal porfia,
Sente um torpor de fome
Quem sua alma o consome.
Eis o humano carente,
Andante, sem parente,
Gente que não tem casa
Ou vítima real
De sina desigual,
Com morte que se apraza!
Salvador, 2006.