SEMENTE...

Eu triste tenho estado, só, sem horizonte

E mesmo a linha que dividi céu e mar

Nem para mim existe mais como a encontrar

Lá! Quando o sol se pôr ou ao nascer me aponte...

Sou duas margens de um rio sem a ponte

Que não se podem uma a outra visitar

E que se olham na distância de um olhar

Mas se perdendo pois, não tem a quem se conte...

Sou uma pedra sobre o monte fria e só

Mas, sei de outras em tal solidão maior

E mesmo assim me acho só eternamente...

Ó Vida, vida... Sei que tudo recomeça

Por uma lei do eterno escrita sem ter pressa

E eis-me enfim, me faço uma só semente...

Autor: André Luiz Pinheiro

23/07/2016

Mais uma vez agradeço a sempre sensível participação da grande poetisa Roberta Lessaa. Obrigado sempre!

Esse desassossego traduzido em poema anuncia a chegada do poema ao poeta.

AQUILO TUDO QUE SEI NADA ME SACIA

É necessário cuidar da própria casa para depois abri-la à visitações.

AQUILO TUDO QUE SEI NADA ME MEDIA

É prioritário refinar o próprio gosto para depois conectá-lo à nações.

AQUILO TUDO QUE SEI NADA ME SILENCIA

É deficitário observar a própria causa para depois somá-la á ações.

AQUILO TUDO QUE SEI NADA ME AMPLIA

É humanitário filtrar a própria mágoa para depois destituí-la à frações.

AQUILO TUDO QUE SEI NADA ME COPIA

É ordinário alar a própria fala para depois calibrá-la à noções.

AQUILO TUDO QUE SEI NADA ME DISTANCIA

É comentário encantar a própria lida para depois nutri-la às realizações.

AQUILO TUDO QUE SEI NADA ME ANUNCIA

É igualitário pousar a própria vida para depois administrá-la às intensões.

AQUILO TUDO QUE SEI NADA ME ALUMIA