Olhando o meu lugar
Quando a rua atropela os meus passos
Para que o carro voe, eu ando pelo caminho
Na procura do que faço no momento do ato
De seguir o horizonte, mas não sou coitadinho,
Sou poeta que respira, vou ao supermercado,
Lá compro manteiga, frango, mas não há ovos
Caipiras, eu lembro de um dia em que fui achado
Por meu pai surtando em faculdade e estorvo,
Desde ali não mais trabalhei, comi guloseimas
Até estufar, tentei viver a vida mortal, de vez
Em quando eu lembro do gosto de sushi e queima
O coração sem amor, mas amante, pois sempre amar quis...