Terror

Do quarto de mim, barulhos na escada,

Pegadas, quase infarto no edredom,

E no som parto de mim, tão assombrada,

Acorrentada alma, assim branco tom.

Balança cortina e lustre da sala,

Resvalo: menina de trança e medo,

Nem é cedo, a minha retina se cala,

Badala relógio em tosco enredo.

Olhos fechados sem calma tremendo,

Prendo o respirar, cabelo espetado,

Emaranhado novelo não entendo.

E bate a Janela dos meus neurônios

Demônios de mim; calor, demasia,

Terror, minhas bruxas em poesia.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 22/07/2016
Código do texto: T5706183
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