Terror
Do quarto de mim, barulhos na escada,
Pegadas, quase infarto no edredom,
E no som parto de mim, tão assombrada,
Acorrentada alma, assim branco tom.
Balança cortina e lustre da sala,
Resvalo: menina de trança e medo,
Nem é cedo, a minha retina se cala,
Badala relógio em tosco enredo.
Olhos fechados sem calma tremendo,
Prendo o respirar, cabelo espetado,
Emaranhado novelo não entendo.
E bate a Janela dos meus neurônios
Demônios de mim; calor, demasia,
Terror, minhas bruxas em poesia.
Uberlândia MG
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