A Deriva
A deriva
Vagando por ermas estradas.
Em penumbra vejo sua face.
Socorro-me, a fontes abstratas.
Imaginário sou sombra sem disfarce.
Navego meu oceano, remando pra traz.
Ofuscado em devaneios, suplico, me abrace.
A maré conduz... A embarcação é tenaz.
Absorto, sigo na sombra não há realce.
Exaurido, sem forças, clamo por você.
Não há mais navegação, estou à deriva.
Meu leme é o vento que sopra incessante.
Tenho medo, receios... Consciência inativa.
Busco em você, lembranças nesse instante.
Fecho os olhos, estou à deriva sem alternativa.
Adilson Tinoco
Direitos Reservados
22/07/16