INSENSÍVEL
Matou à queima-roupa e sem aviso
Lirismo da poesia ainda existente,
Nesta alma e coração de onde o sorriso
Nascia versejando dente a dente.
Não sabe do poeta o paraíso,
O que é viver encantadoramente,
Talvez jamais amou como é preciso
Para entender o que o poeta sente:
De todo o romantismo ante o luar,
Das estrelas no céu com seu fulgor,
Do belo e do perfume pelo ar.
Fugaz, nem percebeu a bela flor,
Na mão de quem viera declamar
O poema mais belo; o seu amor.