Ilha fantasmagórica...

“A ilha está para os peixes assim como o mar para os afogados, deveras, ambos morrem de tédio”

(Gilberto Oliveira)

Desde tenra idade...

Viajo dentre planetas

Nem vejo plaquetas

De minha identidade

Abro-me feito um livro

Livro com asas-de-fogo

Leio-me feito um bobo

Tal asno em queda-libre

À lupa da consciência

Ciente dos calabouços

Profundos da tal ciência

Perdido de mim mesmo

Às vezes finjo que ouço

Guizos duma ilha a esmo

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 22/07/2016
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