Musa enigmática... (SARAU POÉTICO - II)

"A poesia é algo íntimo, difícil de ser explicada, basta que produza no

leitor um renascer de vivências, aí sim, estaria cumprindo sua

finalidade"

(Carlos Drummond de Andrade)

Pedra sobre pedra, naves sem norte

São tantos os passageiros da agonia

Nobres esqueletos ao bico da harpia

O polvo à deriva sem ode nem mote

Ó desígnio do herói à mercê do vento!

Ungido de sonhos, segredos e silêncios

Vossa face jogada às brasas do milênio

Nada de doçura na bula que se inventa

O gran engenheiro circunavegas a ilha...

Deveras, gran-ilha edificada pelo mesmo

Por lá: piratas, profetas, pilares de pilhas

Nisso, carapuça do hominis-obscurus

Jamais a musa fora dos trilhos a esmo

Porém, pula a bordo da balsa obscura

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Atendendo ao convite da minha amiga Meri Viero este é o meu

segundo texto para o sarau. Minha gratidão pelo convite poetisa!

Desde já deixo meu convite a qualquer um que queira colocar

adiante esta ideia, que seja livre o pensamento.

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 20/07/2016
Reeditado em 20/07/2016
Código do texto: T5703172
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