Musa enigmática... (SARAU POÉTICO - II)
"A poesia é algo íntimo, difícil de ser explicada, basta que produza no
leitor um renascer de vivências, aí sim, estaria cumprindo sua
finalidade"
(Carlos Drummond de Andrade)
Pedra sobre pedra, naves sem norte
São tantos os passageiros da agonia
Nobres esqueletos ao bico da harpia
O polvo à deriva sem ode nem mote
Ó desígnio do herói à mercê do vento!
Ungido de sonhos, segredos e silêncios
Vossa face jogada às brasas do milênio
Nada de doçura na bula que se inventa
O gran engenheiro circunavegas a ilha...
Deveras, gran-ilha edificada pelo mesmo
Por lá: piratas, profetas, pilares de pilhas
Nisso, carapuça do hominis-obscurus
Jamais a musa fora dos trilhos a esmo
Porém, pula a bordo da balsa obscura
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Atendendo ao convite da minha amiga Meri Viero este é o meu
segundo texto para o sarau. Minha gratidão pelo convite poetisa!
Desde já deixo meu convite a qualquer um que queira colocar
adiante esta ideia, que seja livre o pensamento.