A ROTINA DAS TARDES
Tarde, tarde calma, e sonolenta...
O zéfiro ressoa e eu perscruto
A frouxa luz que aos poucos se ausenta.
E no horizonte triste fez-se o luto.
São horas doces, horas de ternura
Que adentram nossas almas como um raio
Que aos poucos se esvai, não mais fulgura
No palco da ilusão em que desmaio.
A noite vem, e tudo vem com a noite:
São lágrimas num séquito de dor,
São virações, abismos, leve açoite
Num desprender perfume de uma flor...
Contudo enturveceu. E o lírio afoito
Esquece do arrebol que viu se por.