Soneto à despetalada

Flor que se foi no seio da emoção

Não foram os teus versos que morreram

No negrume que vi em teu coração

Este amar e o seu brilho feneceram

Há de avistar que o que foi já é passado

Não são os versos antes que ocorreram

Que perderam na história seu chamado

Mas os significados se perderam

Estes versos são para a eternidade

As rimas que inda não aconteceram

Ficarão, pois, só mesmo na vontade

Vale-me o viver vivo na verdade

Veja que as suas palavras faleceram

Flor, foi-te o cheiro, foi-se a propriedade

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 18/07/2016
Reeditado em 18/07/2016
Código do texto: T5701990
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