Soneto à despetalada
Flor que se foi no seio da emoção
Não foram os teus versos que morreram
No negrume que vi em teu coração
Este amar e o seu brilho feneceram
Há de avistar que o que foi já é passado
Não são os versos antes que ocorreram
Que perderam na história seu chamado
Mas os significados se perderam
Estes versos são para a eternidade
As rimas que inda não aconteceram
Ficarão, pois, só mesmo na vontade
Vale-me o viver vivo na verdade
Veja que as suas palavras faleceram
Flor, foi-te o cheiro, foi-se a propriedade