A MORTE NÃO COMPENSA

Sentir dores, tristuras,

Haver tudo por fazer,

Sofrer de desventuras

E ter falta de prazer...

Perpassa a vil solidão

Mórbida do cansaço

A ferir o coração,

A secar o regaço...

A murchar a roseira

Sem água, na secura,

Cuja vida procura.

O ser fita a floreira,

Seu dilema repensa:

– “A morte não compensa!”

Salvador, 2006.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 18/07/2016
Código do texto: T5701165
Classificação de conteúdo: seguro