A MORTE NÃO COMPENSA
Sentir dores, tristuras,
Haver tudo por fazer,
Sofrer de desventuras
E ter falta de prazer...
Perpassa a vil solidão
Mórbida do cansaço
A ferir o coração,
A secar o regaço...
A murchar a roseira
Sem água, na secura,
Cuja vida procura.
O ser fita a floreira,
Seu dilema repensa:
– “A morte não compensa!”
Salvador, 2006.