NOSTÁLGICA
Nada do que aprendi parece lógico
Tudo é tão difícil pôr em prática
Se o mundo à minha volta é irônico
Quando olha para mim de forma sádica...
Meu viver, ora feliz, ora trágico
Ergue agora em meu peito largo pórtico
Por onde deixo passar meu ser nostálgico,
Nos braços do inatingível, do utópico...
Ficou em mim esta terra seca e árida
Que me esfarela e me transforma em féculas
Para que eu traga até mim a paixão cálida
Que faz brilhar meus olhos como pérolas
Servindo de adorno à face lívida
Dos duros golpes que a deixaram flácida.
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