Soneto qual nada.

Tanto invento se o texto conforta

abro a porta, meia torta, porém

vou além do pretexto da aorta

pois me corta esse contexto sem.

Vou de amém, nos espaços medidos

meus sentidos, em bagaços, pro cesto,

além do texto contido, metido,

indo sem os abraços do cabresto.

Pretexto eu quero pra inventar a rima

e em clima de bolero bailam os versos

e, imerso, falta o ar, me desanima

e a obra prima vê se esparramar o sucesso.

Os meus versos se vão pelo vento

mas eu tento, meu reverso é pra cima.

Josérobertopalácio

17/07/2016 22:32 - fcunha lima

QUARTETO PELO ÂNGULO CATETO

Mesmo porque saiu de madrugada,

De nada adiantou o meu soneto,

Prometo neste verso, se a amada,

Calada permanece no seu gueto.

Não sendo um dueto com o quarteto,

Cateto pra ter rima camarada,

Só encontrada neste poemeto,

Discreto qual cantar em um coreto.

Invento a rima ao menor pretexto,

E esse texto segue vagaroso,

Tão preguiçoso até meio sem nexo.

No jeito de escrever ficou charmoso

Gostoso reverter tornar anexo,

Se for no sexo, ou talvez for gozo.

FCunha Lima

Seguindo a linha do poeta Maior JRPalacio,

Fernando cunha lima ? 17-07-2016.

A que ANEXO meus aplausos com todo nexo.

Para o texto: Soneto qual nada. (T5700442)

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 17/07/2016
Reeditado em 18/07/2016
Código do texto: T5700442
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