Calêndula
Flor - Ó Luz! - que fustiga o olhar meu, que é bandido
Quando te olho co’ o amor, um filme na retina,
Passam as cenas, onde a lembrança [um gemido]
Evoca as sensações de forma repentina...
O olhar meu, que bandido, esvai-se [inspiração]
Dá lugar à visão que te traduz em flor
Muito mais que uma dor, veio ao meu coração,
Dourada margarida, exalando este amor
No toque que entra pelo ouvido aberto da alma
São os seus d’ ouros sons, palavras encaixadas,
Como chave que a porta abate e tanto acalma,
Baixando a minha guarda, enquanto arde a sua prosa,
Luz que ilumina a estrada, ante essa caminhada,
Bem-me-quer sua semente, inda mais a sua rosa...