NEGRAS ROSAS...
A lua me chamou, enluarando, ensolarada
A noite quando entrou, bordando a imensidão por ela
Derrama tanto amor, prateada luz pela janela
Após findar-se um dia, já não mais queria nada...
Eu sei que a solidão a noite é sempre encontrada
Mas, sei também por ela, que o poeta se constela
De estrelas e luar que a escuridão em si revela
Fazendo-se poesia pelos chãos da madrugada...
Caminha pelas ruas, pelos becos, pelos mares
Caminha pelos charcos, pelos palacetes... Vales...
Escreve humildemente suas linhas silenciosas...
Na escuridão poética dormindo a maioria
Despertam os poetas num enluarado dia
Colhendo em botões as belas, raras negras rosas...
Autor: André Luiz Pinheiro
11/07/2016