Mesa de bar
Disseram que cachaça não é água
Mas ajuda a inibir a solidão
Faz-me esquecer das sombrias mágoas
Que machuca o meu pobre coração
A solidão é uma erva daninha
Não há dúvidas aflora em qualquer estação
Oh! Garçom me serve mais uma branquinha
Para que eu esqueça a minha paixão
Jamais ligue se eu dormir na mesa
Coopere com o momento que estou vivendo
Saiba que morrer eu vivo querendo
Fui vitimado por uma vil tristeza
Por uma saudade, que não tem mais fim.
Pergunto a Deus, o que vai ser de mim.
Valdomiro Da Costa 14/07/2016
Interação
Mal amado
Escuta por favor este lamento
de um pobre que amou sem ser amado
e bebe pra esquecer o seu tormento
enquanto estiver embriagado.
Sofrência, tudo a ver com esse estado,
talvez seja o pior dos sentimentos.
Escuta por favor este lamento
de um pobre que amou sem ser amado
Aqui de gole em gole o sofrimento
dispersa e vem um canto, vem um fado
a dor nessa hora cai no esquecimento...
e alegre chora e ri o mal amado
Escuta por favor este lamento.
Luiz Moraes 14/07/2016
Interação
Mesa de bar
Essa mesa de bar, esse se cigarro
Na caixa de fósforo a batida
A noite é longa, curta é a vida.
Por isto, neste tempo me esbarro.
O violão plangente dá esparro
Da corda sai à música sofrida
E a poesia corre distraída
Pelas pernas da musa em que me amarro.
Samba no pé, na mão a cerveja fria
Na madrugada o bar se esvazia
E a moça triste já se foi embora.
No ar aquele cheiro de fumaça
Com a piada velha e tão sem graça
Não canso de jogar conversa fora.
fcunha lima 14/07/2016
Interação
Escutem todos vocês, o que eu digo:
quem bebe, esquece, esquece, e até demais!...
Esqueçam de beber; conselho amigo;
lembrar–se da ressaca, nunca é demais...
Quem ama e não encontra o mesmo sentimento
na outra pessoa; não deve entregar-se; mesmo
que sejam duros a realidade, o sofrimento ;
pois sofre menos quem ama a si mesmo
Não queiram, pois vocês... Em dormir na mesa
alguém em casa, certamente se preocupa
pra bem querer de vocês ...em sacrifícios
Enxergam que é somente da mente uma esperteza
beber pra esquecer; uma desculpa
de quem não sabe viver sem tristes vícios..
Coelho Zacarias 14/07/2016
Segunda poesia de uma série de três obras, do III sarau poético, atendendo ao convite do amigo e poeta (Christiano Nunes).