A VIOLÊNCIA NO MORRO
Há barulho pelo morro
Com entulho no quintal.
Há também guardas de gorro
No seu pelotão letal.
Só a violência tem vida
Contra a inocência agredida
Ou a esperança falida
Da criança malferida.
Mas surge um belo traquina
Contra a polícia cretina...
– Parece um anjo o menino!
Frustra–se, assim, o crepúsculo,
E atua o saber divino
No ato da força e do músculo.
Salvador, 2006.