SONETO DE SAUDADE
À beira de desistir pois não tem jeito
Não existe ar que me baste respirar
Ou água que consiga minha sede saciar
O coração padece imóvel no meu peito
De alimento algum tirarei gota de força
E música nenhuma traz conforto qualquer
Se antes tinha cores, o mundo cinza ora é
Não me há sabores e a vida é insossa
Quero que tenha todo o seu espaço
Loucamente desejo que você volte
Urgentemente eu preciso aprender
Ainda com a intensidade deste laço
A viver de tal maneira que suporte
Um minuto ao menos longe de você