SONETO DE SAUDADE

À beira de desistir pois não tem jeito

Não existe ar que me baste respirar

Ou água que consiga minha sede saciar

O coração padece imóvel no meu peito

De alimento algum tirarei gota de força

E música nenhuma traz conforto qualquer

Se antes tinha cores, o mundo cinza ora é

Não me há sabores e a vida é insossa

Quero que tenha todo o seu espaço

Loucamente desejo que você volte

Urgentemente eu preciso aprender

Ainda com a intensidade deste laço

A viver de tal maneira que suporte

Um minuto ao menos longe de você

da Maia
Enviado por da Maia em 14/07/2016
Reeditado em 14/07/2016
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