Desejo

É fatal, nem água fria segura,

A secura que deságua animal,

Magia que na gente se mistura,

Quase não se atura cria brutal.

Mora na gente e acorda do nada,

E de repente transborda sem hora,

Apavora; ardente a pele erriçada,

Coisa outrora calada revigora.

Desejo é brasa, parece apagada,

Arrefece vento, dá asa no ensejo,

Até o pensamento dá chinelada.

A imagem e compleição são propensas,

Uma expressão, um toque, talvez um beijo,

Chamejo das sensações mais intensas.

Uberlândia MG

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 13/07/2016
Código do texto: T5696939
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