Desejo
É fatal, nem água fria segura,
A secura que deságua animal,
Magia que na gente se mistura,
Quase não se atura cria brutal.
Mora na gente e acorda do nada,
E de repente transborda sem hora,
Apavora; ardente a pele erriçada,
Coisa outrora calada revigora.
Desejo é brasa, parece apagada,
Arrefece vento, dá asa no ensejo,
Até o pensamento dá chinelada.
A imagem e compleição são propensas,
Uma expressão, um toque, talvez um beijo,
Chamejo das sensações mais intensas.
Uberlândia MG
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