Saudade do tempo de criança
Que saudade eu sinto do meu sertão
Dos meus tempos de menino a correr
Pelas ruas de barro sem saber
Que o futuro seria de ilusão
Inda lembro do relâmpago e de trovão
E dos banhos de chuva, que prazer
aparando a água para beber
nas biqueiras em panela ou caldeirão
Caminhando descalço no terreiro
E sujando o meu corpo por inteiro
Sem ter medo de doenças ou de meus pais
Os vizinhos, cada um era um amigo
Não havia violência nem perigo
Só saudades... tempo que não volta mais