O pranto na solidão
O caminho que segui foi uma névoa,
Não sei se consegui divisar a chegada,
Talvez um amor há de vir malévola
Ou eu deixarei de saber qualquer amada,
Mas nunca deverei escrever o meu coração,
Eu sinto que nada me faz ser o que sou,
Na verdade não sou mais do que quero em ilusão
Ser, porque sempre serei poeta sofredor,
Mas eu escrevo o canto das sereias
Que encantam os loucos que piram por aí
E faço ouvirem os mortais a voz das fadas,
Mas onde estou pisando nessa areia?
Que lugar esconde que estou bem aqui?
Eu canto os versos das dores caladas...