BOBOS DE LETREIROS
Dar à cara velha o novo
Só agrada o tolo povo,
Incauto, que eu nunca louvo,
Por sabê–lo sem renovo...
Diminuto, tão pequeno,
Cheio apenas com o ameno
E de nenhuma importância
– Morto por sua ignorância!
Versos conduzem palavras
Que são produtos de lavras
De mil poetas matreiros.
Desse modo o que não presta
Conforma–se ao que se empresta
Aos bobos como letreiros!
Salvador, 2006.