Soneto tonto!
Rimo no canto, e, rindo tanto
conto sorrindo um conto de encanto
conquanto saia lindo, sem espanto,
mas fico tonto de feliz, portanto!
Enquanto bem vindo, no verso dou ponto,
cubro-o com manto o intuindo a ser santo
quanto mais canto, mais vou ao recanto,
e lá monto meus versos, ponto a ponto.
Entretanto, sabendo que são tontos
em meio aos outros, são pobres, mas juntos
são tantos que perfilados chegam a Toronto,
isso, dando desconto, pois não quero confronto
e não desaponto quem leia o que conto
e assim eu apronto e o soneto está pronto.
Josérobertopalácio