DESEJOS EPIFÂNIOS... (SONETO EXTENSO).
A única desculpa para o meu jeito,
É que eu já perdi a minha alma,
Em algum beco escuro...
Num beijo sem futuro...
No qual deixei me arrebatar.
Contemplando prazeres alheios,
Sem que a mente estivesse salva,
De seres frios, deveras obtusos,
Sombras em sonhos obscuros,
Nos quais deixei me levar.
Se houver algo mais estranho,
Além de um ido olhar castanho,
Que nem sei onde foi parar,
Quiçá esteja nos desejos epifânios,
Dos quais não mais apanho...
Mas viva... Por dentro, à chorar.