DELÍRIOS
Soprava um vento frio naquele inverno,
Os passos apressados e a lembrança
Fugiam do calor daquele inferno;
Delírios de total destemperança.
Retalhos foi o que sobrou do terno
Por conta de uma vã desconfiança,
Até prosas e versos do caderno...
Rasgados foram todos por vingança.
A mente totalmente desvairada
Pôs a perder princípios de valor,
Incendiou a vida tão sagrada.
Ó Deus! O que fazer? Dizei Senhor,
Pois tudo o que foi feito deu em nada;
Ciúme atropelou um grande amor!