Soneto areias do Leblon

Caminhando nas areias do Leblon

Na tardinha do repousar das águas

Cruzei meu olhar com os dela, não sei o nome dela

Caminhando nas areias do Leblon.

Meu olhar tão escuro e deserto

Elevou-se em brilho e verão

Acompanhei-a molhando os pés

Caminhando nas areias do Leblon.

A cicatriz dela na areia ficou e teve de ir

A tardinha tornou-se o anoitecer

E nunca mais à vi.

Talvez tenha sido uma miragem

Mais uma doce ilusão

Caminhando descalço nas areias do Leblon.