Desilusão

Outrora, meus olhos eram estrelas

Agora, meu olhar é fria portela

Desfez-se os alvos sonhos em mim

Fez-se o pranto, sou triste arlequim

A espera foi apenas vã esperança

Severa dor foi a minha herança

O adeus feriu-me, incisiva lança

Mas quem há de dizer que nunca amou?

Quem pode dizer que nunca foi dor?

Aquém, a vida tem sido dissabor

Além, a rima viaja sem despudor

Segue a roda tal como ela é

Prossegue os meus versos com bela fé

Segue o amor perdido em contrapés

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 09/07/2016
Reeditado em 09/07/2016
Código do texto: T5692171
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