ILHA...
Na minha veia corre o lirismo,
A minha vela é alma estendida,
No sopro esquerdo, lado escondido,
Onda saudade selvagem e bandida.
Na mente naufraga o otimismo,
Âncora presa em pedras perdidas,
Entre as correntes, desejos contidos,
N'areia de amor em ilha esquecida.
Bilhetes em garrafas que não serão lidos,
Sinais na areia da praia n'água solvidos,
Conjura a noite fogo de lenha apodrecida.
Na solidão onde tudo parece esquisito,
Na escuridão onde tudo é tão parecido,
Tal qual essa ilha por mim conhecida.