UM NO OUTRO
UM NO OUTRO
Reencontro feliz meu amor passado
Ou fantasia absurda me concedo?
A coragem surgida do puro medo
Me acelerava os passos contra o Fado.
Êxtase e loucura andam lado a lado
Em busca tão-só d’um instante ledo...
Sigo as reviravoltas d’esse enredo,
Sob pena de no fim estar errado.
Gênero generoso: Humano e humana.
Criaturas livres para o próprio dano
Haja vista que um no outro a si se engana...
Mas, espécie especiosa o ser humano:
Se aceito que a paixão é soberana,
Vivo a morrer d'amor ano após ano.
Belo Horizonte – 05 12 2005