Liberdade! Quero existir!

A luz que a espada de poesia espelha

Faz com que a concha se abra e a pérola

Saia, esta brilha anda mais e semelha

Um sol a brilhar perante a auréola

De uma princesa que guarda no interior

O amor e dor de amar, mas sempre

Esperando o príncipe encantado por

Acreditar que existe um homem que ame

E seja perfeito, sem defeitos, mas encontra,

No final das contas, um organismo animal

Igual ao dela, ele pela paz perante os outros,

Ele, pelo ódio perante os mesmos, e entra

Num sistema perverso de relacionamento tal

Que não sobra espaço para homem; solto,

O homem pede liberdade, não para o mal,

Mas para o bem a si mesmo, meio egocêntrico

Para um poeta, mas o homem tem tal

Direito quando, sem amor, ele sou o que fico

Quando não tenho o direito de dizer

O que penso e sair por aí fazendo

Exercícios, dizendo a liberdade por poder,

Mas nem rir posso sem que gozando

Venham me assediar o rosto, como se

Eu não dispusesse do direito de espaço

Sobre o meu corpo, mas nenhuma pessoa

Compreende um homem que

Não sabe amar o direito que faço

Eu, o meu direito, livre, que doa,

Funcionar para aquele que o não tem,

Mas ninguém o percebe porque são

Totalmente incompetentes e sem

Consciência dos direitos, então

Peço neste poema que me deixem

Existir, mas quem sabe o futuro

De um poeta que conhecem

Aqueles que o odeiam pelo puro

Sentimento de realidade sem sentido?

Uma realidade sem fundo de verdade,

Remetendo à loucura mais insana!

Por isso peço liberdade, pois sendo

Estou um pobre coitado, sem liberdade

Para rir, que eu faça uma corrida bacana...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 07/07/2016
Código do texto: T5690745
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