ESTEIRA DO TEMPO
Sou poeira ectoplásmica vagando sem rumo
Na esteira do tempo esquecida ao relento...
Sombra sem vida , sem marco ou sem prumo
buscando o motivo da esperança num alento.
Fui rebento temporão da criação experimental;
foco primevo da idéia em explosiva ebulição .
Saga inexprimível, incessante ritmo atemporal,
carrego comigo o sopro da primeira canção.
Espirais em ascenção, reverberações tonantes,
entre a morte e o nascimento das estrelas
esparsas num alfabeto sem vogais ou consoantes.
Impressionante sina, triste eco da luz agonizante,,,
-infinito mar onde vago com saudade dos lares
onde vivi-, na esteira do tempo que ficou distante.