Pai,
O sétimo filho, o último a nascer e o primeiro a partir... 7 era o seu número, 7/7 o seu dia.
Pai,
Vejo ainda tua lágrima escorrer,
posso sentir teus braços inda sãos;
assim, junto pedaços do meu ser,
feito areia juntando os mesmos grãos...
Pai, sinto ainda o frio percorrer
meu corpo, minha alma e tuas mãos...
Inda vejo o céu escurecer
e os dias se tornarem todos vãos.
Esta escuridão, pai, não sei transpor,
não consigo esquecer, nem por instantes,
teu olhar suplicante em meio à dor.
Eu sei que o sol não brilha como antes,
mas ainda me abraça o teu calor,
mesmo estando teus braços tão distantes...