Soneto à esta noite
Noite calma, o doce astro anda no céu.
Ele leva consigo inspiração,
Sobre a cabeça cai como um chapéu.
Leva o poeta a beber do coração.
Duas estrelas que jazem bem no peito:
Uma quanto mais ama, mais se expande.
A outra, quando então chora ela de um jeito
Contrai mais se a tristeza é muito grande.
No firmamento as luzes são chuviscos.
Vejo dois corações no ar a bailar:
Um deles nos levanta um obelisco,
O outro compõe os tons da ébria canção.
Monumento à beleza de um amar,
Se embebida de amor, luar da paixão.