Olhos nos olhos
Olhos nos olhos
Recobra o alento, coração aflito
Esfria o medo, e as vontades mil
De sequiosos desejos, explode em grito
Na fuga dos laços dum amor gentil.
Que poder imenso esse amor encerra,
Que a teus desejos rendem amargura,
Que veneno é esse, que não cai por terra
O agasalho nefasto que torna a vida dura
Se à perdição dos males se inclina
No pobre coração impaciente,
Olhos nos olhos, verás na retina
Que este amor em mim é permanente
E ele é muito mais do que imagina
O ímpio e fugaz pensamento da gente !
São Paulo, 01/07/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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