Meu sonho de bem-te-vi
O bem-te-vi que vai passando ao longe
Quer ver o céu abrigado de anil –
E canta, canta quão nunca se viu...
Que modula feliz – o ermo monge!
É manhã de julho? Quer conhecer
Quem dá, quem dá o amarelo do sol
E quem tem as nuvens por cachecol –
Pois se o vento é frio, nem se ver!
Quase não pousa: pois fica no ar
É assim? É assim? Tará-rará...
E passa a voar em voo riscado;
No alto, parece ao espaço abraçado...
A imagem que vejo nos sonhos meus,
Há quanto tempo sonho assim, meu Deus?